quarta-feira, 23 de março de 2011

INTERCESSOR EM MISSÃO




A intercessão não pode minguar na vida prática da Igreja, porque em todos os tempos, Deus chamou e capacitou pessoas, atendendo as orações do seu povo. Claro que Deus é soberano para enviar quem ele quer, mas estabeleceu que obreiros para a sua seara seriam convocados a partir do apelo dos seus servos. As nações já estão "maduras" para a ceifa, os missionários são poucos, portanto devemos rogar por mais missionários.
O propósito desta lição é mostrar a necessidade de intercessores e que qualidade de vida devem ter para verem suas orações respondidas. Eis os tópicos da lição:

I – A NECESSIDADE DE INTERCESSORES (MT 9.35-38)

O missionário W. B. Anderson, disse que sua mãe orou durante anos pedindo que as portas dos países pagãos se abrissem. Depois que seus filhos nasceram, orou pedindo que obreiros entrassem por essas portas e Deus enviou um de seus filhos a Índia e duas filhas à China. Vemos neste testemunho a importância da intercessão. Deus está pronto para atender ao clamor de seu povo. Vejamos, então, a necessidade da intercessão:

1. Há uma grande obra a ser realizada – "E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo" (v 35) - Guilherme Carey tinha um modo todo próprio de esperar na resposta de Deus. Ele pregou um sermão certa vez,
desenvolvendo os dois pontos principais: "Esperai grandes coisas de Deus"; "Obrai grandes coisas para Deus". O crente intercessor não pode pensar e nem agir de modo diferente. Precisa saber que a obra é extensa demais e, aos nossos olhos, impossível de ser realizada. No entanto, o Senhor da obra é poderoso para através da Igreja, salvar o mundo inteiro.
Antes de ajoelhar-se em fervente oração, tome consciência de que estás fazendo uma grande obra" (Ne. 6.3).

2. Há uma grande multidão desesperadamente perdida precisando ser salva – "E, vendo a multidão, teve grande compaixão deles, porque andavam desgarrados e errantes como ovelhas que não têm pastor" (v 36) – Se o nosso coração permanecer frio, dormente e indiferente diante de tão grande caos, teremos então que começar a suplicar por nos mesmos. Devemos orar como certo filho de Deus orou: "Senhor, dá-me o teu coração de amor para com os pecadores, teu coração ferido por causa de seus pecados! Dá-me as tuas lágrimas enquanto os admoesto dia e noite!"
É simplesmente desastroso, pensar que muitos crentes nunca derramaram uma única lágrima de intercessão pelas almas perdidas.

3. Há um grande campo missionário com escassez de missionários – "Então, disse aos seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos são os ceifeiros" (v 37) – O contraste é muito grande. De uma lado bilhões de almas perdidas à espera de uma palavra que lhes indique o caminho da salvação. Do outro lado umas poucas centenas de missionários prontos para realizar esta imensa tarefa evangelizadora. Se isto não for motivo suficiente para nos dedicarmos à intercessão, de que mais necessitamos para uma tomada de posição? Quantas vezes precisaremos ouvir o clamor aflito: "Passa à Macedônia e ajuda-nos" (At. 16.9), para começarmos a interceder?

4. Há um poderoso Senhor pronto para enviar mais missionários – "Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a sua seara" (v 38) – Não devemos questionar os motivos que levaram o Senhor a nos ordenar: "Rogai". Compete-nos obedecer. Com certeza teríamos muito maior sucesso na obra missionária e muito mais pessoas seriam comissionadas, se dispuséssemos de maior tempo para a intercessão. Crentes que nunca irão, podem dar subsídios para que outros vão.
O evangelista Moody, foi excepcional orador diante de Deus, por isso mesmo, ganhou cerca de um milhão de almas e conseguiu reunir o maior grupo de pregadores que já trabalharam juntos na obra missionária. Com
certeza, isto é fruto de muita intercessão. O Senhor Jesus não estava mentindo nem brincando quando ordenou que pedíssemos por mais missionários. Há poucos trabalhadores no campo, porque há poucos intercessores diante do Pai.

II – AS QUALIDADES DOS INTERCESSORES (CL 4.2-6)

O intercessor é alguém que assimilou no mais profundo da sua alma, a obra missionária. Sabe que não pode ir, pois não sente no coração a chamada divina. No entanto, a chama missionária arde em seu espírito inquietando-o de tal modo, que alívio só encontra na oração. O intercessor fez da intimidade do seu quarto, o seu campo missionário, para ali obedecer a ordem de Jesus: "Rogai, pois, ao Senhor da seara". Suas qualidades são evidenciadas da seguinte maneira:

1. É perseverante na oração – "Perseverai em oração, velando nela com ação de graças" (v 2) – É consciente do dever de "orar sempre e nunca desfalecer". Sabe que aqueles que foram enviados, enfrentarão trevas densas, e não poderão prevalecer se na retaguarda, não tiver alguém na "brecha" (Ez 22.30), "velando com ações de graças". Tem como fundamento para a sua oração intercessora, os exemplos da própria Escritura Sagrada. Foi a intercessão de Abraão que impediu a destruição de Ló e suas filhas (Gn 18.23-33). Foi por causa da intercessão de Ana que Deus levantou em Israel o maior juiz de todos os tempos (1 Sm 1.26-28).

2. É consciente de que o evangelho só entrará em portas abertas por Deus – "orando também juntamente por nós, para que Deus nos abra a porta da palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual estou também preso" (v 3) – Em resposta às intercessões dos crentes, Deus tem aberto grandes portas para entrada do evangelho. Muros já caíram, sistemas políticos ruíram para que se tornasse uma possibilidade a evangelização mundial. Muita coisa ainda precisa ser feita; existem ainda muitos obstáculos para serem removidos e é nisto que reside toda a importância do intercessor. Na época de Paulo haviam muitos intercessores em quem se podia confiar, daí a razão do seu pedido.

1. Tem atitude harmoniosa com a oração – "Andai com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo" (v 5) – Interceder pelos missionários e pela salvação das nações e depois impedir a salvação do meu vizinho com o meu mau testemunho, que tamanha incoerência!
Se não posso ir aos campos mais longínquos até os confins da terra, minha oração pode. Posso ficar nos campos de "Jerusalém", perto da minha casa, no colégio, no trabalho, etc.
Deus quer vasos limpos para o seu serviço; instrumentos santos para a sua obra. Exige pureza na vida íntima.


Um certo missionário orou a Deus assim: "O ‘eu’ não somente deve morrer, deve ser bem enterrado, porque o mau cheiro da vida interesseira, se não for sepultado, afugentará as almas que querem chegar-se a Cristo".

2. Tem linguagem apropriada para uma vida de intercessão – "A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um" (v 6) – Falar bem com Deus é importante, mas falar bem com os homens é totalmente necessário para produzir salvação. O intercessor não pode em momento algum se esquecer que é também responsável pela salvação dos perdidos.


O intercessor não pode ser um murmurador. Orar pedindo missionários e fazer críticas destrutivas quando é enviado alguém para os campos é irracional. A língua do crente intercessor deve ser consagrada a Deus.

CONCLUSÃO
A obra missionária caminha sobre os joelhos de quem ora e intercede. Quem se ocupa com a intercessão por missões, não lhe sobra tempo para criticar ou murmurar pelo que está sendo feito nos campos. O intercessor, embora não vá aos campos, fica em fervente oração, tapando a "brecha" para que Satanás não impeça a obra. É pela força da sua oração que as portas são escancaradas para que o evangelho atravesse fronteiras.


• Você é um intercessor?
• Quantas orações você já fez, este ano, por missões?
• Se você não é um intercessor, como espera que os missionários sejam prósperos nesta obra?


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